A figura quase lendária de Nhô Guimarães [em Nhô Guimarães: romance-homenagem a Guimarães Rosa, do escritor baiano Aleilton Fonseca], permanentemente associada à imagem do marido Manu ("sabiam ser bons amigos"), de quem a narradora sente muita saudade, é sempre recordada com reverência, como se presente estivesse: "Eu vi, vivi, convivi. Para mim está muito bem vivo".
O personagem Nhô Guimarães, repita-se, é alter ego de Guimarães Rosa, sendo que alguns dados da biografia deste último são sempre postos em cena pela narradora (Aleilton Fonseca, na entrevista, citada três colunas atrás, a Lima Trindade, afirma: "Procurei inserir os dados históricos no ficcional, como se também fossem - e agora são! - uma ficção"; afirma ainda: "A realidade é apenas um marco de referência que garante a verossimilhança"). Dois desses dados, pela sua importância, chamam muito a atenção: o primeiro é aquele que alude à famosa viagem pelo sertão, em 1952, na qual Guimarães Rosa, acompanhado do vaqueiro Manuel Narde, o Manuelzão, anotou muito sobre a fauna, a flora, a fala e as fabulações sertanejas, material que será aproveitado na composição do Grande sertão: veredas. A viagem é assim referida no romance: "Ele fez uma travessia longa, de muita importância para seus escritos. Se aventurou nas poeiras, passagens das mais supimpas, com os demais. [...] No terreiro todo aí fora se arrancharam para o descanso e o de-comer, os animais espalhados convivendo amigos. [...] Nhô Guimarães por tudo a saber e anotar, no sempre, os seus riscos e debuxos no papel. Os aconteceres do mais sertão, lhe dissessem de tudo. [...] Nhô Manuelzão era quem mais sabia ensinar, sempre bom de prosa e de aventura. Os demais, estes cismavam: onde já se viu boiadeiro assim fanfando, todo lorde, bem do seu, de finos óculos? Essa viagem era para retratos e anotações [...], para estampar a travessia em papel, para outra gente saber de tudo e conhecer as aventuras de Nhô Guimarães pelos Gerais."
O personagem Nhô Guimarães, repita-se, é alter ego de Guimarães Rosa, sendo que alguns dados da biografia deste último são sempre postos em cena pela narradora (Aleilton Fonseca, na entrevista, citada três colunas atrás, a Lima Trindade, afirma: "Procurei inserir os dados históricos no ficcional, como se também fossem - e agora são! - uma ficção"; afirma ainda: "A realidade é apenas um marco de referência que garante a verossimilhança"). Dois desses dados, pela sua importância, chamam muito a atenção: o primeiro é aquele que alude à famosa viagem pelo sertão, em 1952, na qual Guimarães Rosa, acompanhado do vaqueiro Manuel Narde, o Manuelzão, anotou muito sobre a fauna, a flora, a fala e as fabulações sertanejas, material que será aproveitado na composição do Grande sertão: veredas. A viagem é assim referida no romance: "Ele fez uma travessia longa, de muita importância para seus escritos. Se aventurou nas poeiras, passagens das mais supimpas, com os demais. [...] No terreiro todo aí fora se arrancharam para o descanso e o de-comer, os animais espalhados convivendo amigos. [...] Nhô Guimarães por tudo a saber e anotar, no sempre, os seus riscos e debuxos no papel. Os aconteceres do mais sertão, lhe dissessem de tudo. [...] Nhô Manuelzão era quem mais sabia ensinar, sempre bom de prosa e de aventura. Os demais, estes cismavam: onde já se viu boiadeiro assim fanfando, todo lorde, bem do seu, de finos óculos? Essa viagem era para retratos e anotações [...], para estampar a travessia em papel, para outra gente saber de tudo e conhecer as aventuras de Nhô Guimarães pelos Gerais."
Disponível em :http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=9132&Itemid=74 Acessado em: 29/07/09
Não percam!!!
Ultimos dias de apresentação da peça Nhô Guimarães! Apenas hoje dia 26 e amanhã 27 de setembro em salvador do Teatro
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