domingo, 1 de dezembro de 2013

IL SORRISO DELLA STELLA (O sorriso da estrela)

Com tradução de Antonella Rita Roscilli, Antonio Carlos Monteiro Teixeira Sobrinho apresenta o escritor Aleilton Fonseca e um dos seus contos aos leitores italianos em uma versão bilíngue. O meio de apresentação é a revista Sarapegbe em sua edição nº 7, outubro-dezembro de 2013. Os textos podem ser conferidos clicando nestes links: APRESENTAÇÃO e SORRISO DA ESTRELA.


Assim, Roscilli fala de Aleilton  no editorial: Apriamo con un omaggio allo scrittore brasiliano Aleilton Fonseca che appare per la prima volta in una rivista italiana in un articolo che ne ripercorre l'attività letteraria.Tradotto già in altri Paesi, baiano, membro dell'Academia de Letras da Bahia,è uno dei nomi rilevanti della attuale letteratura brasiliana.E ospitiamo per la prima volta in Italia  il suo racconto "O Sorriso da Estrela". 
Tradução: (Abrimos com uma homenagem ao escritor brasileiro Aleilton Fonseca , que aparece pela primeira vez em uma revista italiana, em um artigo que  apresenta a sua atividade literária, rica de reconhecimentos em vários Paises do mundo. Baiano, membro da Academia de Letras da Bahia, é um dos principais nomes da literatura brasileira atual. E pela primeira vez na Itália temos a honra de apresentar o seu conto "O Sorriso da Estrela ")




domingo, 3 de novembro de 2013

A mulher dos sonhos é publicada em Montreal/ Quebéc/Canadá


LA FEMME DE RÊVE (A mulher dos sonhos) acaba de sair em Montreal/ Quebéc/Canadá, tradução de Danielle Forget e Claire Varin.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Convite

CONVITE - Aleilton Fonseca encontrará com o escritor alemão Ilija Trojanow, no dia 26/09, quinta-feira, no ICBA – das 16h30 -18h30

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

LANÇAMENTO DO LIVRO: JOGOS PARA CENAS CÔMICAS, de Fernando Lira



            
O Lançamento do livro JOGOS PARA CENAS CÔMICAS do dramaturgo cearense Fernando Lira foi um vencedores do Programa BNB de Cultura/2012, com patrocínio BNDES e BNB, esta é a quarta vez que sua publicação é contemplada por este programa cultural. Este livro é um desdobramento de seu último livro chamado Ator Risível em que o Grupo Crise, coordenado por ele, criou alguns jogos teatrais para inspiração na cena cômica, é um livro que atende aos grupos teatrais e que serve também de orientação para oficineiros.

     Neste projeto aprovado pelo BNB/BNDES, Fernando Lira irá em três capitais lançar o livro com palestra-aula sobre os Jogos cômicos; em João Pessoa, Salvador e São Luiz. Ainda serão ministradas oficinas pelo Grupo Crise, em mais três cidades do interior: Mossoró (RN), Petrolina (PE) e Parnaíba (PI). Em todas elas haverá doações deste livro para bibliotecas e instituições publicas.

            Para a programação de lançamento será realizado, no dia 17/09/13 às 16h,no Teatro Martim Gonçalves, uma palestra-aula com no máximo 2h de duração, demonstrando e abordando as pesquisas do Grupo Crise, com ilustração através de vídeo e alguns jogos já realizados em oficinas dadas pelo Grupo e que estão contidas no livro. Para realização dos jogos o publico será convidado a participa. As primeiras 60 pessoas que chegarem para assistir a palestra-aula receberão um exemplar gratuitamente no laçamento que será em seguida. 

O livro é dividido em quatro capítulos: Personagens, Situação, Falas e do texto à cena, cada capítulo além de uma pequena teorização, extraída do ator risível, contem dez jogos para comicidade. A palestra se concentra nos capítulos do livro.

Logo após a palestra-aula, às 18h, será realizado o  lançamento do o Livro JOGOS PARA CENAS CÔMICAS,no foyer do Teatro Martim Gonçalves.




SOBRE O LIVRO



Durante o ano de 2010, foram apresentados os resultados da pesquisa do Doutorado  do Pro. Fernando Lira, juntamente com o Grupo de Pesquisa CRISE (comicidade, Riso e Experimentos do IFCE). através de palestra, apresentação de espetáculo e lançamento de livros, em mais de 16 cidades nordestinas, com o patrocínio do programa BNB de Cultura de 2010 e da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. Em cada cidade, eram recorrentes as solicitações de  oficinas de teatro voltadas à comicidade.
Assim, O GRUPO CRISE, desenvolveu uma oficina JOGOS PARA CENAS CÔMICAS, que derivou no   livro que se divide em quatro capítulos,  totalizando quarenta jogos. Trata-se do desdobramento da tese de doutorado do Prof. Dr. Fernando Lira, O Ator Risível.

No primeiro capítulo, são apresentados aspectos para a construção de personagens cômicos. No segundo, são apontados um conjunto de mecanismos para o desenvolvimento de situações. No terceiro, trata da fala, palavra e voz cômica. No quarto e último, do texto ao palco, sugerimos alguns jogos que possibilitem identificar e extrair a comicidade de um texto para ser posto  em cena. As personagens, as situações e as palavras, muitas vezes, estão de tal forma, amalgamadas entre si, que se torna difícil ressaltar qual desses elementos motivou o riso. No entanto, por questões metodológicas, explicitamos neste livro, jogos teatrais contendo separadamente cada elemento de composição da cena cômica, que foram criados no CRISE, inspirados na perspectiva Bergsoniana. Assim, com o patrocínio do BNB e BNDES, no Programa BNB de Cultura de 2013,foi possível a publicação deste livro que, além de conter jogos com mecanismos da comicidade , propõe também uma discussão reflexiva sobre teatro, comédia e suas possibilidades de pesquisa e atuação.



ORGANIZADOR  - FERNANDO LIRA



Fernando Lira Ximenes vem atuando no cenário cearense como autor, ator e, algumas vezes, diretor de teatro. Versátil, tanto escreve para o teatro adulto, como para o infantil, com muitas de suas peças frequentemente encenadas para ambos os públicos. Doutor em Artes Cênicas  pela UFBA (2008), Professor do Curso  em  Licenciatura em Teatro do IFCE, Coordenador do Grupo Pesquisa  CRISE do IFCE (Comicidade, Riso e Experimentos),  dirigiu os espetáculos E Pensar que tudo isto é oco! ! (2005),  Terra Grávida ( 2006),  Para Não Falar de Teatro (2008),   Pagador de Promessas (2010), Qual é o Final? (2012) .



Livros  publicados



1. SOBRE COISA NENHUMA e outras coisas (2012)


2. O ATOR RISÌVEL : procedimentos para cenas cômicas (2010)


3. OS BRINQUEDOS NO REINO DA GRAMÁTICA e outras peças para crianças (2008)


4. O VENDEDOR DE PALAVRAS e outras comédias (2005)


5. O NARIZ DA MADAME e outros esquetes (2005)



O GRUPO CRISE

O Grupo de Pesquisa em Comicidade e Riso iniciou seus estudos em janeiro de 2004. Após várias mudanças, o então coordenador do Grupo, Fernando Lira, Doutor em Artes Cênicas pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), com a Tese “O Ator Risível: procedimentos para cenas cômicas”, propôs uma  Oficina para a junção progressiva de pesquisadores curiosos em buscar novos repertórios para a construção de formas risíveis, através de uma possível técnica para a formação.




Serviço:

Evento Gratuíto

Palestra-aula sobre o livro JOGOS PARA CENAS CÔMICAS, Dramaturgo cearense Fernando Lira, às 16h e logo após às 18h Lançamento deste livro, na data de  17/09/2013 no Teatro Martim Gonçalves.



Informações:

Deusi Magalhães fones res.(71) 3011-1437 cel. 9137-5678

Obs. Fernando Lira chegará em Salvador dia 16/09/13 às 22h, dia 17 (apenas no dia do lançamento e palestra estará em Salvador). 



FERNANDO LIRA

(Ator, Diretor e Dramaturgo – DRT- 378 LIV 02 FLS 148 DRT-CE)

Rua Felino Barroso,281/114

Fortaleza- CE / Fátima  CEP-60050-130

(85) 9622-5092

site www. Fernando-lira.com



e-mail: flira@ifce.edu.br

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Professor Honorário de Humanidades da Universidade do Norte - Assunção, Paraguai

Investidura do título de Professor Honorário de Humanidades da Universidade do Norte - Assunção, Paraguai, em 2013/07/08. Na foto: Prof. Dr. Alain Saint-Saëns (Uninorte), Sr. Ministro Conselheiro da Embaixada do Brasil Dr. Eugênio Garcia, Aleilton Fonseca e o Reitor da Uninorte, Prof. Dr. Juan Manuel Marcos, em 7.08.2013 Assunção, Paraguai.
 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

CURSO CASTRO ALVES 2013 VIII COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA

ACADEMIA DE LETRAS DA BAHIA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - DLA
PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E DIVERSIDADE CULTURAL

CURSO CASTRO ALVES 2013
VIII COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
Local: Academia de Letras da Bahia - Av. Joana Angélica 198 Bairro Nazaré- Salvador- Bahia - Período: 17, 18 e 19 de setembro

Inscrições abertas:
Para apresentar comunicações: até 30/08, enquanto houver vagas (45)
Taxa: 50 reais (aguardar aceite e instruções de pagamento)
Para ouvinte: até o dia 17/09, na abertura do evento, enquanto houver vaga (100)
Taxa: 5 reais (a pagar no 1º dia do evento, ao receber a pasta)
Para tomar informações / Solicitar ou enviar ficha de inscrição, usar: cursocastroalves@gmail.com
Serão conferidos certificados de 20 horas e/ou de apresentação de comunicação

PROGRAMAÇÃO

17 de setembro- terça-feira
14h30 – 3 Sessões de comunicações: Estudos de temas, e obras da literatura baiana
17h - Conferência :
A MULATA NAS OBRAS DE JORGE AMADO, JUAN MANUEL MARCOS E RUBÉN SAPENA BRUGADA
Alain Saint-Saëns (Universidad del Norte – Paraguai)

18 de setembro – quarta-feira
14h30 – 3 Sessões de comunicações: Estudos sobre temas e obras da literatura baiana
17h - Conferência:
LAS VOCES DE LAS MEMORIAS EN LA POESÍA DE MYRIAM FRAGA
Maria Pugliesi (Universidad de Luján- Argentina)

19 de setembro – quinta-feira
14h30 – 3 Sessões de comunicações: Estudos sobre temas e obras da literatura baiana
17h - Conferência:
A POÉTICA "SERTANEJA" CASTROALVINA : UM OLHAR LOCAL SOBRE A CACHOEIRA DE PAULO AFONSO
Marcos José de Souza (PPGEDUC/UNEB)
Coordenação: Aleilton Fonseca (ALB/UEFS)

Ficha de inscrição — preencher e enviar para: cursocastroalves@gmail.com
CURSO CASTRO ALVES 2013 – VIII COLÓQUIO DE LITERATURA BAIANA
Local: Academia de Letras da Bahia - Av. Joana Angélica 198 Bairro Nazaré- Salvador- Bahia - Período: 17, 18 e 19 de setembro
NOME COMPLETO:____________________________________________
( ) graduando/graduado ( ) pós-graduando ( ) profissional
E-mail:________________________tel._______________________
Curso:___________________________________ ( ) Concluido ( ) Em andamento
Instituição:__________________________________________________

( ) Ouvinte - taxa de 5 reais. Pagar no 1º dia , ao receber a pápasta.
( ) Apresentador(a) de comunicação - taxa: 50 reais (aguardar instruções de como pagar)
Dia(s) para apresentar, por preferência: 1ª opção ( ) - 2ª opção ( ) - 3ª opção ( )
Usará data show? ( ) sim ( ) não
COMUNICAÇÃO: Em anexo enviar um Resumo de 8 a 12 linhas, em word, fonte Times new roman, espaço simples. Título centralizado, em maiúsculas; nome do autor e sigla da instituição à direita, texto justificado, títulos de obras em itálico, sem palavras-chave. Caso seja graduando, é obrigatório ser aluno de IC, e informar o nome e e-mail do orientador do trabalho abaixo do nome do autor.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

IV Simposio Internacional de Humanidades 2013


TEMA DO SIMPÓSIO:
‘La poesía: un río entre tres orillas.’ - ‘A poesia: um rio entre três beiras.’


LOCAL: UniNorte - Universidad del Norte Paraguay - Gran Hotel del Paraguay - 6 al 9 agosto 2013 - Asunción - Paraguay 


 

domingo, 14 de julho de 2013

CONVITE/ Lançamento: Melhores poemas de Sogígenes Costa


Convidamos a todos para o lançamento do livro MELHORES POEMAS DE SOSÍGENES COSTA - organizado por Aleilton Fonseca, pela Editora Global. Uma coletânea da melhor poesia do grande poeta de Belmonte e Ilhéus. 

DATA:  Dia 16 de julho, terça-feira, das 17h às 19h30.
 
LOCAL: Será na Academia de Letras da Bahia, Av. Joana Angélica 198, Bairro Nazaré, Salvador- Bahia (ao lado da Escola de Eletromecânica, Largo da Poeira).


domingo, 16 de junho de 2013

Rio Cururupe

Rio Cururupe - poema de Aleilton Fonseca e música de Sérgio di Ramos.  
O rio Cururupe fica em Ilhéus, perto de Olivença. É um sítio histórico, pois em suas margens os índios Tupinambás defenderam seu território contra a invasão dos portugueses, em 1559, século XVI. Os índios foram massacrados e conta a lenda que as águas avermelhadas (ferruginosas) representam o sangue indígena ali derramado.



RIO CURURUPE (Link para o vídeo)
Aleilton Fonseca

Rio que sai do ventre das pedras,
e viaja nas veias verdes, vegetais
do entorno dos séculos, das eras,
cerne vivo de cantos imemoriais.

Um corpo de prantos a deslizar
no leito de mangues e de areias,
que se entrega às ondas do mar
nos encontros das marés cheias.

Águas de ferro, recantos ínvios,
suor e sangue, lamento a velar
as almas heróicas de seus índios,
filhos da terra, povo Tupinambá.

Eu mergulho no seio de tuas águas
que a voz do mar chama e vaticina,
lavo em teu lenço minhas lágrimas,
te busco e te abraço, sigo a tua sina.



Entre amigos...

Ruy Espinheira Filho, Antonio Brasileiro, Aleilton Fonseca, Roberval Pereyr e Antônio Torres, II Simpósio de Literatura baiana, UNEB, Campus de Conceição do Coité-BA, 5 e 6 de junho de 2013

domingo, 5 de maio de 2013

O Arlequim da Pauliceia – leituras e comentários


O Arlequim da Pauliceia – Imagens de São Paulo na Poesia de Mário de Andrade: passeio por uma cidade de sonhos. - Divulgação

A Pauliceia de Mário de Andrade, vista de um bonde poético.

Por: Renato Pompeu

Foi preciso significativamente um baiano, o poeta, ficcionista, ensaísta e professor universitário Aleilton Fonseca, para produzir um dos livros que mais consagram a paulistanidade, elevando-a a categoria cultural universal, lembrando o dito do grande escritor russo Lev Tolstoi, “Canta a tua aldeia e serás universal”. Trata-se de O Arlequim da Pauliceia – Imagens de São Paulo na Poesia de Mário de Andrade, obra lançada pela Geração Editorial e pela UEFS Editora.
Sedução é fascínio, é isso que sentimos por isso que se apresenta como uma viagem de bonde pela São Paulo da primeira metade do século XX, numa trama em que Fonseca reuniu todos os seus talentos – a poesia, a ficção, a ensaística e a pesquisa erudita – para narrar uma expedição pelos lugares ícones da cidade, entremeada de trechos de poemas do grande escritor e poeta que se considerava mais paulistano do que paulista ou brasileiro, e por fotos da época, referentes aos lugares que Fonseca descreve e Mário de Andrade canta.
Navegamos por uma cidade de sonhos, no tempo em que São Paulo era uma cidade cheia da arte de viver, com ruas e vales repletos de prédios encantadoramente europeus dos fins do século XIX, um ambiente neoclássico vagamente ítalo-francês, povoado também por exuberâncias verdejantes de árvores, arbustos e relvados plenamente tropicais que se combinavam belamente com os tons predominantemente ocres e pratas do Teatro Municipal e da Catedral Metropolitana.
Tudo isso vagamente embaçado pela autêntica garoa – a umidade então permanentemente emanada da Mata Atlântica que, por sobre a Serra do Mar, flanqueava a cidade. Hoje pouco resta da Mata Atlântica nos arredores da cidade e praticamente nada resta da verdadeira garoa, nome hoje reservado ao que antigamente se chamava de chuvisco, como se a cidade precisasse se apegar a um passado que não existe mais, a não ser na imaginação e no coração.
Naquela época, as avenidas de fundo de vale eram realmente dignas de seu nome: fitas de prata, como na foto que ilustra o Ponto de Partida da viagem fantástica de bonde, entre morros de floresta virgem. Sobreposto à imagem de uma moderna avenida povoada por velozes carros e possantes caminhões, as ilhas que a dividem ao meio  encantadoramente ornamentadas de árvores enfileiradas, enquanto sobre ela se debruçam massas da Mata Atlântica, o texto do Arlequim da Pauliceia proclama: “Meu pensamento é tal e qual São Paulo, é histórico e completo. É presente e passado e dele nasce meu ser verdadeiro”.
Nessas duas páginas de um livro de 300 páginas, estão concentradas, como se observássemos pela lâmina de um microscópio eletrônico a constituição de um inteiro ser vivo, todas as virtudes e belezas do livro de Fonseca. A obra é de uma complexidade ímpar. 
Trata-se de uma composição composta de composições que se referem umas às outras. Cada texto de Fonseca é refletido em cada imagem, que por sua vez é refletida em cada trecho de Mário de Andrade, o qual por sua vez é refletido no texto de Fonseca.
A complexidade das referências que se entrecruzam, seja sobre o modernismo sublimado do Prédio Martinelli, seja sobre o urbanismo algo barroco do verdejante Vale do Anhangabaú da época, é digna não só da imagem caleidoscópica do traje recortado em losangos multicoloridos do secular Arlequim, como também do traço mais particular do melhor modernismo, em que, como no romance Ulisses do irlandês James Joyce, ou na cidade de São Paulo tanto da época como na de hoje, não só o todo é maior do que as partes, como igualmente cada parte é, literalmente, maior do que o todo.
E assim chegamos à essência do livro de Fonseca: como reunião de uma totalidade composta de fragmentos, em que cada pequena parte brilha como um universo próprio, como universo que reúne múltiplos universos autorreferentes, tanto textuais como visuais e poéticos, o livro acaba sendo um arlequinesco poema mais do que modernista.
Disponível em:Diário do comércio


Memória Paulistana 
Livro presta homenagem aos 120 anos de Mário de Andrade
Obra estuda a influência da cidade na produção do criador de grandes obras da literatura nacional

por Maurício Xavier 
 


Disponível em:Veja-SP


Passeando em Sampa com Mário de Andrade
Um olhar apaixonado sobre uma obra apaixonada. O resultado são estas milhares de linhas/trilhos que conduzem o leitor aos bondes da São Paulo da garoa, aos lampiões a gás, levando-o a acompanhar sensorialmente a construção do Teatro Municipal, da Catedral da Sé, do Edifício Martinelli, ao lado de transeuntes de terno, gravata e chapéu no centro velho da cidade; mulheres à la française, à sombra dos primeiros arranha-céus, ouvindo os ruídos dos primeiros automóveis importados e o gemido cada vez mais rumoroso de uma Pauliceia que engatava marchas em direção a uma loucura que se desenhava e se redesenha até hoje. O que diria Mario de Andrade se visse a São Paulo atual do alto do Pico do Jaraguá, onde pedira, em testamento poético,  que os seus olhos fossem sepultados?
Aleilton Fonseca disseca a obra e a alma do famoso escritor, acrescentando pontos de vistas surpreendentes. Se você nunca leu Mário de Andrade ficará com vontade de ler. E se já leu fará uma nova leitura, uma redescoberta. De maneira elegante, Aleilton se coloca em segundo plano para elevar Mário de Andrade à altura que ele merece. Os dois se merecem e se incorporam na busca de compartilhar o sentimento e a poesia com seus semelhantes. Mário, frisa o autor, “procurava incorporar-se ao coletivo, como forma de destruir em si o egoísmo das distinções particulares, despojando-se dos valores que o tornam um indivíduo só e solitário”.
Aleilton nos oferece uma prosa poética, juntando fotos antigas da cidade a excertos da obra do modernista. Uma das fotografias mostra passageiros sentados de costas num bonde, talvez o mesmo em que Mário um dia se sentira sozinho ao escrever: “O bonde está cheio/De novo porém/Não sou mais ninguém”. Ao exprimir a cidade em versos, o poeta modernista procurou “domá-la, pô-la nas rédeas da linguagem, de novo humanizá-la, tornando-a inteligível, transparente ao sentimento humano”, acentua o autor, acrescentando que as críticas e os elogios do poeta a São Paulo são puros atos de amor.
Pegue o bonde, então, caro leitor, e vai conversando com Aleilton Fonseca e Mário de Andrade. Não se assuste se você vir passar um veloz Metrô ao largo. Compare as duas metrópoles, mas volte para o presente. Pode doer. Volte devagarinho.
 Jaime Pereira da Silva (Jornalista)

Poemas para comemorar o aniversário de SP


 Por Edison veiga
Um passeio pela São Paulo das primeiras décadas do século 20. O recém-lançado livro O Arlequim da Pauliceia, de Aleilton Fonseca (Geração Editorial, 296 páginas, R$ 29,90), mostra o amor que nutria pela capital paulista o poeta, romancista, musicólogo, historiador, crítico de arte e fotógrafo Mário de Andrade (1893-1945) – este multifacetado modernista, um dos mais conhecidos participantes da Semana de Arte Moderna de 1922.
O livro proporciona ao leitor um verdadeiro passeio com o modernista Mário de Andrade – de bonde, sob a garoa ou nas noites frouxamente iluminadas por lampiões. Entre poemas e relatos, é possível acompanhar a construção de marcos paulistanos, como o Teatro Municipal, a Catedral da Sé e o Edifício Martinelli. Costumes, hábitos e estilos da época também são destacados – tanto nos homens de terno, gravata e chapéu quanto nas mulheres vestidas como elegantes francesas.
A atmosfera é completada com as descrições dos primeiros automóveis importados e o deslumbramento diante dos grandes prédios que começavam a tomar conta da paisagem do centro da cidade.

Publicado originalmente na edição impressa do Estadão, coluna ‘Paulistices’, dia 21 de janeiro de 2013.
Disponível em:blog do Estadão


O Arlequim da Pauliceia – Imagens de São Paulo na poesia de Mário de Andrade



O Arlequim da Pauliceia – Imagens de São Paulo na poesia de Mário de Andrade
Autor: Aleilton Fonseca
Gênero: Poesia
Acabamento: Brochura
Formato: 18,5 x 23 cm
Págs: 296
Peso: 605g
ISBN: 9788581300993
Preço: 29,90
Editora: Geração

Sinopse:

Esqueça a pressa. Pegue o bonde e viaje lentamente pela São Paulo do início do século passado em companhia de Mário de Andrade e de fragmentos de sua poesia. Este livro, de autoria de Aleilton Fonseca, é um túnel do tempo, um passeio pelo centro velho de Sampa, lembrando, de certa forma, o filme Meia noite em Paris, em que Woody Allen promove o encontro do protagonista com grandes escritores e pintores da belle époque.
Textos e fotos se encaixam com perfeição para nos fazer voltar ao passado, mergulhando-nos na obra do modernista, que amou São Paulo como ninguém. Vista uma capa para se proteger da garoa que caía insistentemente sobre a cidade, tornando-a londrina e melancólica. E sinta como Mário de Andrade amou a maior megalópole do Brasil. Boa viagem. Você está em ótima companhia. “Prazer em conhecê-lo, meu caro Aleilton”, diria o modernista.

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Viaje de bonde com Mário de Andrade

Este passeio poético pelo centro velho de Sampa lembra, grosso modo, o filme Meia noite em Paris, em que Woody Allen promove o encontro do protagonista com grandes escritores e pintores da belle époque. Só que o encontro é “apenas” com Mário de Andrade, que vale por muitos.
Em O arlequim da Pauliceia, Aleilton Fonseca destaca o amor de Mário de Andrade por São Paulo, ao mesmo tempo em que descobre novos sentidos em sua obra, mesclando excertos dela e fotografias das primeiras décadas do século 20. O resultado primoroso nos conduz a uma viagem nostálgica e poética.
Sensorialmente, o leitor terá o prazer de andar de bonde, molhar-se na São Paulo da garoa, iluminar-se à luz dos lampiões a gás, acompanhar a construção do Teatro Municipal, da Catedral da Sé, do Edifício Martinelli, ver simples transeuntes de terno, gravata e chapéu no centro velho da cidade, mulheres vestidas à la française, à sombra dos primeiros arranha-céus, ouvindo os ruídos dos primeiros automóveis importados e o burburinho cada vez mais rumoroso de uma Pauliceia que engatava marchas em direção a uma loucura que se desenhava e se redesenha até hoje.
Se você nunca leu Mário de Andrade esta obra vai despertar o seu desejo. E se já leu vai ter uma nova leitura, uma redescoberta. Aleilton se coloca elegante e humildemente em segundo plano para elevar Mário de Andrade à altura que ele merece. Os dois se merecem e se incorporam na busca de compartilhar o sentimento e a poesia com os seus semelhantes.
“Ao tematizar a cidade de São Paulo, Mário de Andrade produz, sobretudo, uma poética do olhar. A atitude de contemplação da paisagem urbana é um dos traços mais fortes de toda a sua obra”, destaca o autor. Segundo ele, o modernista pregava uma poesia que exprimisse os sentimentos unânimes do homem diante da agitada vida urbana. Exprimir a cidade em versos significava, para o poeta, domá-la, pô-la nas rédeas da linguagem, de novo humanizá-la, tornando-a inteligível, transparente ao sentimento humano, explica Fonseca.
O leitor está em ótima companhia. Desacelere e volte ao início do século passado. Depois volte devagarinho, para não se assustar com a cidade atual diante de si. Mário de Andrade já previa esta explosão e este caos, pero sin perder la ternura.  

Entrevista com o autor

1. Quando começou a escrever? Qual foi o seu primeiro livro publicado?
Comecei a escrever poesia e ficção aos 17 anos, quando ainda morava em Ilhéus, cidade da Gabriela de Jorge Amado. Publicava nos jornais de Ilhéus e de Salvador. Em 1981, já em Salvador, lancei meu primeiro livro de poesia. Resolvi fazer o curso Letras, a fim de me tornar professor de literatura e tentar construir a carreira de escritor. Deu certo. Fiz graduação na UFBA, mestrado na UFPB e concluí o doutorado na Universidade de São Paulo em 1997, com uma tese sobre Mário de Andrade. Sou professor universitário há 28 anos. Tornei-me escritor, tenho cerca de 20 livros já publicados, em poesia, conto, romance e ensaio.
2. O que te motivou a escrever o Arlequim da Pauliceia? Quanto tempo levou para escrever o livro?
O que me motivou a escrever o livro foi o meu espanto e o meu encantamento com a cidade de São Paulo. Visitei a cidade, pela primeira vez, em outubro de 1992. Fiquei chocado. Morei em São Paulo de março de 1993 a dezembro de 1995. Foi uma experiência extraordinária. Eu cheguei com um projeto de estudo, sobre música e ficção, mas mudei. Resolvi estudar as imagens de São Paulo na poesia de Mário de Andrade. Escrevi a tese em três anos. Defendi e deixei na gaveta. Anos mais tarde, resolvi extrair da tese a parte em que faço um ensaio interpretativo da poesia de Mário, destacando as imagens que ele traduz da cidade de seu tempo, de Pauliceia desvairada (1922) a Lira paulistana (1945). Uma viagem surpreendente através da cidade amada pelo poeta.
3. De onde vem o amor por São Paulo? Quando começou a pesquisar sobre a cidade?
Comecei a pesquisar sobre a cidade em 1993, quando iniciei o projeto da tese/ livro. O meu amor e a minha admiração por São Paulo eu os adquiri de duas maneiras:  a primeira, pelo choque, ao me deparar com a metrópole em 1993, vivendo nela suas misérias e grandezas durante 3 anos;  a segunda, foi através da poesia de Mário de Andrade. São Paulo é pura comoção, na poesia de Mário e em meu olhar de espanto. Sempre volto a São Paulo e me admiro com sua grandeza. Essa cidade imensa me comove, me anula como indivíduo, e me eleva como ser; me esmaga com sua engrenagem e me orgulha com sua magnitude. Amedronta-me e me encanta.
4. Qual foi a sua impressão da cidade em relação à relatada no seu livro?
Morei na Vila Sônia, na Rua Heitor dos Prazeres, durante 3 anos, de 1993 a 1995. Assisti às mudanças políticas da época, no início do plano real, à escalada da violência, a constante expansão urbana. Enfrentei uma enchente do Tietê/Pinheiros, fui assaltado, tive a casa arrombada e furtada. Também vi espetáculos maravilhosos de arte, teatro e literatura, exposições incríveis de artes, visitei os museus, vivi intensamente o clima da USP, fiz passeios, conheci gente de expressão e ideias. Como diz Mário, num poema da Lira paulistana: “tudo se passou em São Paulo!”.  Sempre me impressionou a constante transformação visual da cidade. Eu lia isso em Mário e fazia comparações. Por exemplo, comparava o que via no atual Vale do Anhangabaú com as fotos do passado, e me perguntava: como foi possível transformar aquele local idílico num deserto de cimento e asfalto? Na lógica da cidade tudo é possível. Faz 5 anos voltei à Rua Heitor dos Prazeres, e me espantei com o novo quadro. O lado direito da rua desapareceu completamente: casas, jardins, quintais, marcas…  para dar lugar ao muro da garagem do metrô, em Vila Sônia. Várias famílias que ali moravam, e com as quais eu e meus filhos fizemos amizade e tivemos convivência…nem vestígio deles nem de suas casas. Eu revia a rua original em minha memória. Uma sensação incrível. Eis a metrópole viva, revolvendo as próprias entranhas, recompondo seu tecido, seu corpo, seu espírito. As pessoas são apenas detalhes.
5. Por que escolheu esse título para o livro?
O título do livro é uma descoberta recente. Ao resolver publicar o ensaio, descobri que o título devia ser centrado na figura de Mário de Andrade, a partir da condição que ele assume como cantor, trovador e domador da cidade. O arlequim é uma alegoria da condição que o poeta Mário de Andrade assume para representar – no palco da poesia – a sua cidade amada. Sua poesia é um drama, um canto doído de amor a São Paulo.
6. De que forma São Paulo influenciou a poesia de Mário de Andrade, na sua opinião? Total e visceralmente. Mário dizia que era um poeta paulistano, e não paulista nem brasileiro, tal era sua devoção lírica à cidade. Ele a considerava sua “noiva”, e sua poesia era o filho dessa união problemática. Toda a sua obra poética atravessa a cidade, desde Pauliceia desvairada até Lira paulistana, desde o poema inicial, no qual a cidade e sua “Inspiração”, até o canto de despedida “A meditação sobre o Tietê”. É uma relação completa, singular, sofrida e admirável.
7. Esse livro propõe uma longa e deliciosa viagem pela São Paulo do início do século passado em companhia de Mário de Andrade e de fragmentos de sua poesia. O que o leitor irá encontrar nessa viagem ao túnel do tempo?
O leitor poderá passear com os olhos por ruas, cruzamentos, esquinas e praças através de várias fotos antigas que trazem de volta as imagens que a memória coletiva já perdeu. E o leitor trilhará por passagens cruciais de uma poesia de amor a São Paulo, uma espécie de roteiro sentimental de uma cidade em marcha para se transformar na metrópole de hoje, com suas grandezas e misérias. O poeta Mário de Andrade tem uma visão amorosa, mas também muito crítica acerca da cidade. Ao final, vivido e experiente, ele abandona a comoção de louvor à São Paulo e tenta corrigir os seus rumos, mas ninguém o escuta, pois estão todos surdos com a marcha voraz da máquina urbana. O poeta, conclui seu canto de despedida, ”A meditação”, entregando-se simbolicamente às águas escuras do rio Tietê. E morre alguns dias depois, em 25 de fevereiro de 1945.

Disponível em: Geração editorial


terça-feira, 16 de abril de 2013

CONVITE DE LANÇAMENTO



Caros amigos e leitores, vocês estão convidados
para o lançamento de meu livro 


"O ARLEQUIM DA PAULICEIA. 

Imagens de São Paulo na poesia de Mário de Andrade"


Local:  Livraria Saraiva, do Salvador Shopping.
Dia: 24 de abril, quarta-feira, a partir das 18h.


Grato. Um abraço

Aleilton fonseca