terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Nhô Guimarães em Ilhéus


Sinopse Nhô Guimarães


Nhô Guimarães é uma adaptação do romance homônimo de Aleilton Fonseca, escritor grapiúna membro da Academia de Letras da Bahia, para a linguagem teatral. O livro foi concebido em 2006, como forma de homenagear os 50 anos de publicação de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. O espetáculo, em forma de monólogo, transpõe para o palco a vida, as ideias e a mítica do nosso sertão, privilegiando a linguagem falada rica em neologismos, recheadas de palavras incomuns, próprias dessas regiões. Esse tratamento é mantido na encenação como forma de valorização da diversidade linguística, existente na língua portuguesa.
A estória é apresentada através dos causos contados por uma senhora octogenária a um visitante. Entre uma estória e outra, a velha cita a presença de um amigo do falecido marido, Nhô Guimarães, senhor de jeitos elegantes, que sempre os visitava, com "seu ouvido bom de ouvir causos e seus óculos pretos de aros redondos". Uma referência direta ao escritor mineiro João Guimarães Rosa. Enquanto relata suas lembranças, a velha desenvolve ações cotidianas, como coar um café, fazer bolinho de feijão, fumar cachimbo, busca-se criar uma transposição de quem assiste para o ambiente do cotidiano interiorano.
Em 2008, ano em que se comemorou o centenário do escritor mineiro, João Guimarães Rosa, o Núcleo Criaturas Cênicas de Salvador, realizou a adaptação do romance Nhô Guimarães, lançado em 2006 pela Bertrand Brasil, para a linguagem teatral. A adaptação foi realizada por Deusi Magalhães e Edinilson Motta Pará, atriz e diretor desta montagem, que teve sua pré-estréia no teatro do IRDEB em novembro de 2008 e foi um dos vencedores do Programa BNB de Cultura/2009, com o projeto Nhô Guimarães Pelo Sertão.




Aleilton Fonseca


O autor de Nhô Guimarães é natural de Firmino Alves e ilheense de coração, tendo vivido em Ilhéus de 1964 a 1979, quando se mudou para Salvador, para estudar na UFBA. Estudou no Grupo Escolar Dom Eduardo, da Ponta da Pedra, de 1966 a 1970. De 1971 a 1976 estudou no Colégio Estadual de Ilhéus, no Malhado. Entre 1977 e 1978 estudou na EMARC, em Uruçuca, onde fez o curso de Técnico de Agrimensura. De 1975 a 1978 fez parte da extinta Filarmônica Santa Cecília, em Ilhéus, na qual tocava clarineta. Em 1978, passou no vestibular de Letras da UESC (FESPI, na época) e na UFBA, e resolveu mudar-se para Salvador.  Desde antão, todos os anos volta a Ilhéus para rever a cidade, amigos e parentes. Ainda em Ilhéus começou a escrever e tomou gosto pela literatura de Jorge Amado, Adonias Filho e Hélio Pólvora. Publicou seus primeiros textos no antigo Jornal da Manhã, de Ilhéus, entre 1977 e 1979. É professor da UEFS e membro da Academia de Letras da Bahia.

3 comentários:

Patrícia Rosendo disse...

"Nhô Guimarães" é realmente um romance fantástico. A cada página lida, a cada descrição feita pela narradora nos remete ao passado e à infância de quem vive ou viveu no sertão. Parabéns Aleilton!

Patrícia Rosendo disse...

"Nhô Guimarães" realmente é um romance fantástico... a cada página lida me deliciava com as descrições realizadas pela narradora... Uma riqueza de detalhes, uma sensibilidade sem igual... Parabéns Aleilton!

Patrícia Rosendo disse...

"Nhô Guimarães" é realmente um romance fantástico. A cada página lida, a cada descrição feita pela narradora nos remete ao passado e à infância de quem vive ou viveu no sertão. Parabéns Aleilton!